terça-feira, dezembro 6

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Região das nascentes do rio Cachoeira no bairro Costa e Silva abriga espécies em extinção que se aproximam cada vez mais dos centros urbanos e da aniquilação



 A margem direita da rua Jacob, entre as ruas Expedicionário Milnitz e Almirante Jaceguay,  no sentido norte-sul, não possui construções. Mas isso não quer dizer que nesse trecho de mata não existam moradores. Eles existem, sim, são exuberantes e de diferentes espécies. O morador Paulo de G. Rodrigues e sua esposa, Evanir Rodrigues, registraram a "nada discreta" presença da ave Jacú na floresta defronte sua residência.

                                         O pássaro aparece diariamente, primeiro na copa das árvores


                                         Segundo Paulo, ele vem por conta dos frutos oferecidos à ele


                              Sem muita cerimônia, o Jacú sobrevoa a rua Jacob e pousa no pátio da casa dos Rodrigues

 Ao se deparar com a imagem refletida pela pintura do carro, o bicho ataca o próprio reflexo, achando que é algum "concorrente"

                                         Com um olho no reflexo e o outro em Paulo, ele espera ansioso pelo "manjar"

 O pássaro acostumou-se com a família de Paulo, permitindo uma aproximação mais ousada para uma foto

                                          Enfim, o prêmio: Uma banana lhe é oferecida e ele come tranquilamente

 O nome científico do Jacú é Penelope Ochrogaster, pertence a família Cracidae, ordem dos Galliformes

 Ocorrência Geográfica: Matas entremeadas de campos e matas secas do Oeste de Minas Gerais e Goiás ao leste do Mato Grosso (Rio das Mortes).

Cientista que descreveu: Pelzeln, 1870

O Jacú vive na mata Atlântica e na região oeste de Minas Gerais, Goiás e região das Araucárias. Ele vive em bandos e procura alimento ao amanhecer e à tarde. A espécie é mais uma dentre as várias em extinção, que é provocada pela caça -inescrupulosa- e pela devastação do habitat natural

No vidro da porta, mais um "embate" contra o próprio reflexo acontece

Mansinho, entra na casa sem pedir autorização, que na verdade é a forma que encontrou para pedir mais alimento à Paulo

Terminada a refeição, agradece com um olhar de confiança, sem imaginar o risco que corre de ir parar numa panela, caso estivesse diante de pessoas que não respeitam a natureza

Uma última parada sobre a coluna do muro...

... e lá vai ele...

... de volta para a mata da rua Jacob, onde várias outras espécies de aves como Aracuã, Tucano, Pica-Pau, trinca-Ferro, Periquito, dentre outros que habitam esse ecosistema urbano do bairro Costa e Silva.

Aliás, já está mais do que na hora dos moradores começarem a exigir a manutenção dessa área verde, pois a especulação imobiliária vem devorando as áreas preservadas da cidade num ritmo assombroso.

E aí, moradores da Jacob e ENTORNO, vamos ficar esperando o prejuízo para depois lamentar?

AAACOOORDAAA POVO!


Fotos: Paulo Rodrigues
Texto: James Klaus

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